Presidente da FCBM fala com exclusividade ao jornal Folha do Interior sobre os resultados do intenso trabalho da pasta em meio a pandemia e os avanços no apoio ao setor cultural em Barra Mansa
O presidente da Fundação Cultura Barra Mansa, Marcelo Bravo, recebeu na manhã desta segunda-feira, dia 1, a reportagem do jornal Folha do Interior no Palácio Barão de Guapy, sede da fundação e um dos prédios mais antigos de Barra Mansa. Bravo, que está a frente da pasta desde o primeiro mandato do prefeito Rodrigo Drable, divulgou os números da Lei Aldir Blanc, implementada em setembro de 2020 e que beneficiou 323 propostas correspondendo a uma injeção de R$ 1.241.519,43 na economia cultural de Barra Mansa.
Marcelo Bravo destacou que todo processo foi amplamente divulgado e publicado nos canais de transparência do orçamento municipal. Uma comissão especial foi instituída no Conselho Municipal de Cultura de Barra Mansa com o objetivo de avaliar as propostas e fiscalizar a aplicação dos recursos. Todas as informações foram publicadas no Portal da Transparência da PMBM numa aba exclusiva acessível no link: https://portaltransparencia.barramansa.rj.gov.br/lei-aldir-blanc/
O presidente do Conselho Municipal de Cultura, o capoeirista Augusto Hernandes, destacou que os eventos na cidade estão suspensos, ou reduzidos em função das medidas preventivas de contágio do novo Corona Vírus e com o distanciamento social, mas apesar disso a Cultura está em plena atividade. As organizações culturais estão promovendo atividades constantemente como oficinas, transmissões on line, mapeamento e manutenção das tradições. “Percebemos que algumas organizações estão com atividades mais intensas que antes da pandemia, principalmente por terem recebidos os recursos emergenciais. Isso demonstra que o setor é sensível às adversidades de forma resiliente e criativa”.
Todos os setores representados no Conselho de Cultura foram contemplados. Ao todo Barra Mansa publicou 23 editais com diferentes valores e tipos de projetos. “O cadastro dos agentes culturais foi determinante para indicar e equilibrar a destinação dos valores de cada edital. Os setores de música e artesanato foram os que tiveram mais agentes cadastrados. Foram mais de cem vagas exclusivamente para o artesanato, com cerca R$ 140 mil, e quase oitenta vagas para música entre festivais, gravações e apresentações, destinando cerca de R$ 250 mil reais só por meio dos editais específicos”, detalhou o presidente da Fundação.
Além disso, editais multi linguagens também foram publicados como o Programa de Ocupação e para Atividades de Formação como cursos e oficinas e contemplou 47 propostas dos mais variados formatos.
De acordo com a Marcelo Bravo, a cultura popular foi contemplada por meio da premiação de mestres de capoeira, folia de reis, agentes da cultura afro e produtores de ações do calendário cultural oficial da cidade. “Para os agentes da cultura popular os prêmios somaram R$ 210 mil. Barra Mansa tem um conjunto de políticas públicas para a cultura bem definido. Eu não tenho dúvidas que isso é resultado da participação ativa da sociedade civil no Conselho Municipal de Cultura”.
Bravo explicou que, apesar de os eventos estarem parados, ou muito menores, por conta das medidas de prevenção e isolamento social, a cultura não está parada. “Os processos culturais continuam em andamento e parece até que mais intensos depois do aporte financeiro da lei de emergência e do apoio irrestrito da Fundação Cultura no planejamento, implementação e transparência das ações”.
O presidente da Fundação ressaltou que alguns contemplados já realizaram a contrapartida, como por exemplo, a realização de festivais de artes cênicas e apresentações musicais. “A maioria de forma virtual, e quando presencial atendendo rigorosamente as medidas preventivas recomendadas pela OMS e pelo decreto municipal”, destacou. “Ficamos muito surpresos com a adesão dos agentes de audiovisual, que, até então não participavam ativamente das políticas culturais da cidade. Recebemos 9 excelentes propostas para produção de curtas metragens documentários e ficções. Cada proposta recebeu R$ 10 mil reais e terão seis meses para finalizarem a produção, podendo ser prorrogado”, disse.
Subsídios foram pagos em 3 parcelas
para organizações formais e informais
Além dos editais, também estava prevista na lei federal o pagamento de um subsídio mensal destinado exclusivamente para organizações culturais formais e informais. Barra Mansa foi uma das únicas cidades a pagar três parcelas de subsídio, chegando no valor máximo previsto na Lei Federal de R$ 30 mil por organização cultural. Foram 23 organizações contempladas e terão que cumprir as contrapartidas conforme informação no momento da inscrição, com atividades gratuitas pelo igual período que receberam o pagamento, preferencialmente em escolas municipais da cidade.
Agentes culturais e espaços cadastrados:
Agentes Culturais no Cadastro Municipal de Cultura 436
Coletivo Cultural no Cadastro Municipal de Cultura 13
Instituição Cultural no Cadastro Municipal de Cultura 28
Agentes Culturais no SNIIC* 104
Espaços Culturais no SNIIC* 11
- Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais
Agentes culturais e espaços contemplados nos editais ou chamamentos:
Agentes Culturais contemplados nos editais 166
Instituições Culturais contemplada nos editais 9
Agentes Culturais Contemplados nos prêmios 122
Instituições Culturais contemplada nos prêmios 1
Agentes Culturais contemplados no subsídio 12
Instituições Culturais contemplada no subsídio 11