Operação Skal é realizada nas cidades de Barra do Piraí, Vassouras, Magé, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti e Rio de Janeiro
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram na manhã desta quarta-feira, dia 15, uma operação para apurar supostos desvios de recursos públicos na Secretaria de Saúde de Barra do Piraí, no Sul do Estado do Rio. A operação foi batizada de “Skal”.
Na ação em curso nesta manhã, em torno de 120 policias federais cumprem quatro mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão nas cidades do interior do estado de Barra do Piraí, Vassouras, Magé, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti, além da capital Rio de Janeiro.
A investigação foi conduzida pela Polícia Federal com o Ministério Público Federal e teve seu início em 2018, a partir de denúncias relacionadas a desvios de verbas públicas em obras dentro de hospitais de Barra do Piraí.
De acordo com a Polícia Federal, a força-tarefa encontrou evidências da suposta participação de servidores do município no desvio de dinheiro de recursos da pasta de Saúde. A fraude teria ocorrido em convênios de hospitais privados estabelecidos com a prefeitura.
A lista de suspeitos da PF e do MPF inclui servidores da secretaria de Saúde de Barra do Piraí, funcionários de hospitais privados conveniados com o poder público, além de empresas com sede em outros municípios do estado.
O valor dos repasses sob investigação ultrapassam a marca de R$ 6 milhões, segundo a PF. Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa.
O jornal Folha do Interior entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura de Barra do Pirai e e, nota enviada ao jornal explicou:
*Prefeitura de Barra do Piraí**NOTA OFICIAL*
Diante do ocorrido na manhã desta quarta, 15, a Prefeitura de Barra do Piraí informa que confia na Justiça, assim como confia na atual equipe de sua Secretaria de Saúde.
No entanto, não houve qualquer pedido para explicações anteriores sobre tais denúncias, para defesa prévia nos autos processuais. Além disso, as obras foram realizadas, bem como os repasses feitos de forma transparente e com total lisura e respeito ao erário público.
Aponta que a Justiça e o Ministério Público podem ter cometido um equívoco, uma vez que existem registros e planilhas que comprovam a regularidade das obras, feitas com baixo custo e que mudaram a realidade da saúde municipal.
Aguarda o desenrolar dos fatos e vai afastar, como medida protocolar, os agentes supostamente envolvidos, até que se concluam as investigações. Ratifica que confia no trabalho das instituições de fiscalização e, confirmado o envolvimento neste episódio, os envolvidos serão punidos com o rigor da lei.
Matéria atualizada às 7:49 de quarta-feira, dia 15.