Baixa no volume é resultado da estiagem que atinge a região a Sul Fluminense; Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está acionando termelétricas para garantir energia para o país; consumidor sente no bolso preço da energia por conta do uso de combustível nas usinas a diesel
Uma atualização do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) feita na tarde desta segunda-feira, dia 17, apontou que a Usina do Funil (Furnas), Itatiaia/Resende, está operando com apenas 35% de seu volume útil, o que preocupa técnicos do setor. No entanto, o baixo volume do Funil, comparado com o mesmo período de 2020 (cerca de 60%), não coloca em risco a possibilidade de falta de energia elétrica no país, mas provoca aumento na tarifa de energia para o cidadão – hoje pagando pela operação em Bandeira Vermelha. O motivo é que o ONS foi obrigado a acionar usinas termelétricas que são abastecidas com diesel, provocando aumento nos gastos. “As hidrelétricas funcionam com energia renovável – a água e quando seus reservatórios estão baixos, o governo é obrigado a ligar as termelétricas que funcionam a diesel. O custo aumenta e é repassado ao consumidor. Esse é o problema da energia das usinas hidrelétricas, se não chove ameaça o sistema”, disse um especialista do setor.
Outro ponto que deve ser levando em consideração é que a Usina do Funil é uma usina pequena, se comparada com outros reservatórios em outras regiões do país. “O sistema é interligado. A energia gerada em Angra, por exemplo, vai para o sistema nacional, assim como a gerada em Belo Monte. Então tudo é relativo. O maior problema dos reservatórios vazios é o aumento do custo da energia com as termelétricas, que funcionam a diesel”, disse um ex-funcionário da Defesa Civil, que durante acompanhou o ONS.