Quatis, Volta Redonda, Barra Mansa também aparecem na área de risco; reportagem do Folha do Interior faz um raio-x sobre o assunto e algumas dicas de como você deve se prevenir
Se o Brasil lidera o ranking de países com maiores incidências de raios, com uma média de 77,8 milhões de registros por ano, a cidade de Porto Real, no Sul do Estado do Rio, é a líder estadual no assunto. A densidade de descargas é de 14,55830712504 por km²/ano. No ranking nacional, Porto Real ocupa a 322ª posição. A vizinha Quatis é a segunda colocada no Estado do Rio, ficando a frente de Volta Redonda e Barra Mansa, que ocupam o terceiro e quarto lugar, respectivamente. Ou seja, o Sul Fluminense é o paraíso quando o assunto é incidência e queda de raios no Estado do Rio. Em 2018, por exemplo, durante pouco mais de uma hora de chuva, mais de 600 raios atingiram a cidade de Porto Real.
Os número são do Grupo de Eletricidade Atmosférica do (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Apesar de os dados serem preocupantes por conta da chegada do período de chuvas, a quantidade de pessoas atingidas por raios na região não é grande. No entanto, existem casos de mortes no Sul do Estado. Em janeiro de 2016, um morador de Barra Mansa morreu na praia de Mambucaba atingido por uma raio. Outras cinco pessoas ficaram feridas.
Em 30 de outubro de 2017, um homem morreu em Volta Redonda. O corpo de Haroldo Souza Loureço, foi encontrado numa área descampada no bairro Açude 3.
De acordo com o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosféricas do Inpe, Osmar Pinto Júnior as mudanças climáticas influenciam esse fenômeno, uma vez que “tempestades e raios aumentam devido à umidade do ar e altas temperaturas”.
Ele acrescenta que a incidência fica ainda maior durante a primavera e o verão, temporada que é mais propícia para esse tipo de fenômeno.
Especialistas explicam que o fenômeno ocorre com maior incidência no Sul Fluminense por conta de as cidades estarem entre a Serra do Mar (Serra da Bocaina) e a Serra da Mantiqueira, que formam o Vale do Paraíba, criando uma espécie de funil, provocando aceleração em relação as correntes de ar e também pela umidade.
Chance de ser atingido é uma em um milhão
O raio é a consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons movem-se tão rapidamente, que fazem o ar ao seu redor se iluminar (um clarão conhecido como relâmpago), aquecer-se, resultando num estrondo, o trovão. A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é ínfima: apenas uma em um milhão. Em 30% dos casos, as vítimas morrem por parada cardíaca ou respiratória . Os 70% restantes costumam sofrer sequelas, como perda de memória e diminuição da capacidade de concentração. A probabilidade de ser atingido por um raio no município é três vezes maior que em qualquer outra cidade do Estado do Rio
http://www.inpe.br/webelat/docs/Cartilha_Protecao_Contra_Raios_Brasil_2020.pdf
Saiba como se prevenir
- Durante as tempestades fique em casa.
- Saia somente se for absolutamente necessário.
- Não retire nem coloque roupa em estendedores (varais) de arame durante a tempestade.
- Mantenha-se afastado e não trabalhe em cercas, alambrados, linha telefônicas ou elétricas e estruturas metálicas.
- Não manipule materiais inflamáveis em recipientes abertos.
- Não operar tratores ou máquinas, especialmente, para rebocar equipamentos metálicos.
- Se você estiver viajando permaneça dentro do automóvel; os automóveis oferecem uma excelente proteção contra raios.
- Busque refúgio no interior de edifícios.
- Mantenha-se longe de árvores isoladas.
- Não permaneça dentro d’água durante as tempestades.
- Em casa, permaneça longe de portas e janelas.
- Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos.
- Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os desligados das tomadas e, também, desconecte da antena externa o televisor, assim você estará reduzindo danos.
- Use o telefone somente em uma emergência, os raios podem alcançar a linha telefônica aérea.
- Ao sentir carga elétrica em seu corpo (caracterizada por eriçamento do cabelo e formigamento da pele) jogue-se ao chão.
- Preste atenção à previsão do tempo para o princípio e fim da tarde, quando ocorre a maioria das trovoadas. Tenha um plano de fuga para qualquer atividade ao ar livre e afaste-se dos cumes das montanhas antes do meio-dia. Se tiver de fazer uma longa travessia de barco, tenha especial atenção. As canoas são um dos lugares mais expostos que existem.
- Com mau tempo, evite árvores altas, picos desprotegidos, campos abertos e ou mesmo praias e piscinas.
- Na floresta, procure um conjunto de árvores de altura regular e numa zona baixa, mas longe d’água. Afaste-se de troncos e raízes.
- Se for apanhado em céu aberto, evite árvores isoladas, Faça do corpo uma “bola com pés”, acocorando-se com eles o mais junto possível. Não toque com as mãos no chão.
- Para minimizar o número de pessoas afetadas por um raio, não se junte em grupo. A corrente elétrica pode passar de uma pessoa para outra sem que elas se toquem. Afaste-se de objetos metálicos, especialmente armações de tendas e barracas ou cercas de arame, uma vez que se trata de bons condutores.
- Quando acampar, monte sua barraca longe de lugares com maior probabilidade de queda de um raio, tais como, árvores altas e isoladas.
- Aprenda a fazer reanimação cardiopulmonar. Cerca de 20% das vítimas morrem, mas muitas vezes podem ser salvas se tratadas de imediato.
- Certifique-se de que a tempestade passou completamente antes de prosseguir seu caminho. Muita gente morre antes do clímax de uma tempestade por se aventurar cedo demais.
Média anual de raios deve subir de 77,8 para 100 milhões no Brasil
O número, no entanto, é pequeno, se comparado ao total registrado nos dois últimos anos. Em 2021, caíram 154 milhões de raios em território brasileiro. Em 2020 foram 126 milhões. A expectativa é de que, ao final deste século, que a média brasileira seja de 100 milhões de raios por ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A liderança brasileira no ranking de incidência de raios por ano não é pequena. O segundo lugar, ocupado pela República Democrática do Congo, onde incidem, anualmente, 43,2 milhões de raios. Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, com 35 milhões de raios por ano, seguidos de Austrália (31,2 milhões de raios), China (28 milhões) e Índia (26,9 milhões).
Sobre a incidência de raios observada no final do século 21 no Brasil, o coordenador do Inpe explica que, segundo a literatura, ela foi feita a partir da relação dos raios com algumas condições meteorológicas previstas pelos Modelos Climáticos Globais (MCG).
“Estes modelos, diferentemente dos modelos meteorológicos rotineiramente utilizados na previsão do tempo, permitem estimar as condições meteorológicas para períodos mais distantes, da ordem de décadas. Para minimizar as incertezas nos resultados gerados pelo MCG, rodamos o modelo 12 vezes considerando pequenas diferenças na evolução das condições ambientais e calculamos a média dos resultados”, disse ele à Agência Brasil.
O estudo, acrescenta o coordenador, utiliza um cenário de emissões de gases do efeito estufa que “corresponde a não haver nenhuma mudança significativa nas emissões” nas próximas décadas, o que hoje parece, segundo ele, ser o mais provável.
“Neste cenário é esperado um aumento da temperatura média global de quatro graus Celsius até o final do século, em relação ao período de 1961 a 1990”, acrescenta. Ainda segundo o especialista, “o padrão geral da distribuição geográfica dos raios no país não deve se alterar até o final do século, com a região norte mantendo a maior incidência e a região nordeste a menor incidência”.
A expectativa é de que as maiores altas na ocorrência de raios ocorram na Região Norte (50%). Já a Região Nordeste deve sofrer pequeno crescimento (10%). “As demais regiões devem ter aumentos na ocorrência de raios entre 20% a 40%. Aumentos maiores podem ocorrer em pequenas regiões localizadas”, acrescentou.
“Dessa forma, a atual incidência de 70 milhões de raios por ano no país deve aumentar para 100 milhões de raios por ano”, completou.
Atenção por favor.
PEDIDO DE ESTUDO.
Por favor leiam até o final.
Teoria.
Sinto-me um maluco escrevendo assim, mas das loucuras da vida que achamos as soluções para muita coisa.
Quando existe o interesse em solucionar ou pesquisar.
Malucos não sofrem, já vi até vaca morrer perto de um.
Rsrsrsrs
Nosso sistema de aterramento com o fio terra ligado no neutro, nos padrões da concessionária energiza o solo com C.A.
Isso significa que com o encharcamento do solo rico em sais minerais ou pó de ferro , conduz eletricidade.
Com o somatório de número de casas está ficando cada vez mais forte.
E atraí raios nas regiões onde geralmente tem árvores devido as raizes sugarem o fluido.
Nas calçadas temos árvores e o aterramento próximo.
Perguntei e não respondem.
É posível ou não o somatório dos aterramentos em uma aréa com terra encharcada dar comunicação e transferência de carga entre os aterramentos das residências, fazendo toda a circunferência da área de percurso ficar enegizada com C.A?
Não.
Prove por favor.
J.A.T
#ministeriopublico
#light
J.A.T seu comentário é muito rico para a discussão. Obrigado