Animais eram das espécies Trinca-ferro, Tico-tico, Coleirinho
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 200 aves silvestres que estavam sendo transportadas ilegalmente por um homem, de 58 anos. A ação aconteceu por volta das 22h de quinta-feira, dia 4, no km 289 da Dutra, sentido RJ, em Barra Mansa.
O condutor foi abordado durante um Policiamento Ostensivo Dinâmico. Ao se aproximarem do veículo, que estava com os vidros de todas as janelas entreabertas, os policiais sentiram forte odor característico de fezes de pássaros. Ao olhar para dentro do veículo, foi possível visualizar várias pequenas caixas de papelão com orifícios comumente utilizadas para o tráfico de aves silvestres.
Questionado, o condutor informou que as caixas continham várias aves que ele tinha comprado de um “mateiro” em Minas Gerais. Os animais estavam sendo transportados para a sua residência em Nilópolis (RJ). Os pássaros seriam vendidos na feira de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Em uma contagem aproximada foram identificadas 200 aves da fauna silvestre das espécies Trinca-ferro (Saltador Similis), Tico-tico (Zonotrichia Capensis), Coleirinho (Sporophila Caerulescens).
Diante dos fatos, foram caracterizados os crimes ambientais previstos nos artigos 29 – Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, com pena de detenção de seis meses a um ano, e multa; e artigo 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, com detenção, de três meses a um ano, e multa, além da Lei 9.605/98.
Foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em desfavor do homem, tendo este assinado, se comprometendo a comparecer em juízo quando for intimado e liberado para responder em liberdade.
As aves foram apreendidas, tendo a PRF contado com o apoio de um veterinário da Agência de Meio Ambiente de Resende, que avaliou os animais e prestou um primeiro atendimento para minimizar o risco de morte devido às condições precárias em que eram transportados. Algumas aves já haviam falecido. Após o primeiro atendimento, elas foram encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) em Seropédica (RJ).