Vereador diz que empresa se comprometeu em reduzir emissões de ‘pó preto’ e confirmou investimentos milionários em filtros e equipamentos
O presidente da Câmara de Volta Redonda, Paulo Conrado, se reuniu na última terça-feira (4) com a diretoria da CSN em Volta Redonda. O encontro foi com Alexandre Lyra, que é o novo diretor-Executivo da siderúrgica e demais diretores. Conrado pediu explicações e cobrou providências sobre a questão do pó preto.
O vereador disse que o argumento da CSN é de que ‘neste período do ano, ocorre um fenômeno climático natural denominado inversão térmica, durante a estiagem e o clima seco e frio. O ar quase não dispersa. Com isso, as concentrações de partículas se acumulam sobre a região onde o fenômeno ocorre’. “Mas é claro que isso não justifica o pó preto. A CSN me disse que, fora a questão do clima, a empresa vem investindo em equipamentos modernos, como filtros de despoeiramento. Estes filtros, porém, são solução a médio prazo. Por isso indaguei sobre quais as soluções a curto prazo”, disse o presidente da Câmara.
Paulo ouviu dos diretores que a empresa está iniciando o processo de implantação de máquinas novas e modernas de varrição e canhões de nevoa de água para evitar o levantamento de poeira. “Quando temos um aumento da frequência de ventos fortes na cidade, por exemplo. Além disso, disseram que estão fazendo uma regulagem da produção em processos que possam causar emissões. Estão aumentando as paradas de manutenção. Isso reduz a produção, mas também, segundo eles, diminui as emissões porque as manutenções são mais intensas”, explicou o parlamentar.
Os diretores da CSN disseram durante a reunião, que estão adotando medidas a curto prazo e destacaram que foram reparados seis fornos críticos na área da Coqueria.
“A CSN disse que aquela fumaça vermelha que sai da aciaria e até assusta, é episódio pontual e de curta duração, mas que traz um incômodo à população. Por isso também está tomando medidas para a curto prazo controle da qualidade da sucata usada na Aciaria, aumento da frequência das manutenções e dobrando a frequência da limpeza das panelas e conversores”, contou Paulo Conrado.
– Então, quero dizer que fui cumprir minha missão como presidente do Poder Legislativo. Fiquei esperançoso com o que ouvi e com o fato de que o Alexandre, que está como diretor da CSN há poucos meses, se mostrou muito sensível à questão das emissões de pó na cidade. Mas não vamos deixar de vigiar. Iremos acompanhar e cobrar até que haja uma solução definitiva para questão do pó preto e da fumaça vermelha. Vou aguardar com esperança, mas pronto para cobrar se a gente não ver resultados concretos – disse o vereador.