A Cruz Vermelha de Barra do Piraí voltou a ocupar as páginas dos jornais de forma negativa. E o risco de fechamento voltou a assombrar a Cruz Vermelha de Barra do Piraí, depois que a Direção Federal da Cruz Vermelha interveio na unidade estadual. O motivo: a direção estadual da Cruz Vermelha era responsável pelos repasses para a unidade de Barra do Piraí. Com isso vários atendimentos e serviços deixaram de ser prestados e oferecidos na cidade. A unidade de Barra do Piraí é referência no atendimento em cuidados prolongados, não só de pacientes do município como de toda a região.
De acordo com o gerente Administrativo, Ricardo Esperança Neves, no último mês, uma intervenção administrativa regida pelo Órgão Central da Cruz Vermelha Brasileira, agravou ainda mais a gestão financeira da unidade, gerando mais passivos. “Nos últimos três meses o fato se agravou e vários serviços prestados à população foram interrompidos, como: serviço de imagem, laboratório, consultas médica, e vários fornecedores suspenderam o fornecimento. A situação é caótica”, alerta Ricardo.
Segundo apurado pela reportagem, somente no último ano, os recursos destinados a unidade hospitalar, não estavam sendo aplicados, em sua totalidade nos serviço do hospital. “Dívidas trabalhistas e pagamentos com fornecedores começaram a sofrer recorrentes atrasos e gerar um passivo sem necessidade. A situação é grave, segundo fontes ligadas à instituição, e existe até mesmo o risco de fechar as portas”, ponderou o gerente administrativo.
– Os recursos chegam, primeiro, à unidade estadual, de onde deveriam ser repassados para a filial de Barra do Piraí. Inclusive, a verba transferida pela prefeitura vai para a conta com o CNPJ da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro, que tem a responsabilidade de fazer o dinheiro chegar ao município. Mas esse dinheiro está sendo retido pela Cruz Vermelha Nacional, depois que ela fez a intervenção na unidade Estadual – exemplificou Ricardo.
Esta não é a primeira vez que a instituição passa por problemas. Em janeiro de 2018, o prefeito Mario Esteves, precisou intervir na gestão da unidade, para evitar o fechamento e a paralisação no atendimento de pacientes em estado terminal. “Como representante da unidade hospitalar tive que, para garantia do serviço hospitalar e dos funcionários, relatar o fato ao gestor da saúde do Município de Barra do Pirai e ao prefeito Mario Esteves. Em contato com a esfera administrativa da secretaria de Saúde do Município de Barra do Pirai, foi nos informado que essas prestações de contas da aplicação dos recursos financeiros, estavam todas questionadas, pelo fato de serem inconclusivas, o que não permitiria o repasse. A questão dos passivos não se trata de falta de recurso e sim questões administrativas”, reiterou Ricardo Esperança.