Por Wellington Pires #Edição11.
Neste mês de outubro, dia 04, tive a grata satisfação de me tornar pai.
O nascimento da minha primeira filha trouxe para minha família uma nova realidade. Eu poderia descrever aqui tudo o que a paternidade está representando na minha vida e o quão maravilhoso está sendo essa experiência.
Porém nosso foco é a educação financeira. E em homenagem a minha filha Giovanna Liz e a todas as crianças, já que dia 12 de outubro vamos celebrar a infância, dedicaremos este artigo a elas.
Desde tenra idade devemos mostrar para a criança a importância do dinheiro em nossas vidas.
Deste modo, a criança saberá que dinheiro não é a coisa mais importante da vida, em que pese ser algo muito necessário. E assim sendo, tem que aprender a respeitar o dinheiro e ter sabedoria para o seu uso responsável.
Estudiosos do assunto recomendam que a partir do segundo ano de vida é hora de abordar com a criança a utilidade do dinheiro e sua relevância . Outra recomendação é o uso do “cofrinho”.
Contudo vou mais além! Não fique só no cofrinho, pois vai passar uma visão muito limitada à criança. Abra conta em uma corretora de valores e desde logo adquira ações para familiarizar a criança a este ambiente.
Estudos também recomendam que entre seis e oito anos, considerando que a criança já conhece as operações básicas da matemática (somar, subtrair, dividir e multiplicar), é hora de envolve-la ao uso do dinheiro de forma lúdica.
Jogos que ensinam o valor e a forma de usar o dinheiro são excelentes aliados. Inclusive nas lojas de aplicativos de celular – IOS ou Android – existem algumas opções dessa brincadeira.
A idade entre nove e doze anos é perfeita para dar algum dinheiro na mão da criança visando orientá-la a usar esse valor quando for a um supermercado ou loja de brinquedos. Isso vai estimular a noção de barato e caro, ajudando a criança a fazer suas escolhas de acordo com a sua “renda” disponível. Assim ela saberá priorizar, bem como gastar conforme suas condições.
A partir desta introdução sobre o uso e importância do dinheiro, que a criança recebeu ao logo da infância, ela entrará na adolescência sabendo que é preciso poupar, pois teve a aula do uso do “cofrinho” e da compra de ações. Aprendeu o valor do dinheiro e a necessidade de priorizar objetivos financeiros e saberá que deve usar o dinheiro do qual dispõe, evitando se tornar um adulto consumidor compulsivo e um potencial endividado.
Para concluir, e mostrar que investimento é para todos e o quanto antes começar, melhor, imagine que os pais de um bebê abriram conta em uma corretora de valores e lá começaram a aplicar na compra de ativos, o equivalente a 5% do salário mínimo de hoje, o que equivale a R$ 60,00 por mês.
Supondo que o aumento anual dos aportes seja de 5%, com uma taxa de retorno de apenas 8% ao ano, quando esse bebê atingir 18 anos, ele já terá um patrimônio estimado em R$ 39.526,88. Já é uma ajuda para iniciar a faculdade.
Um forte abraço!
#vemcomigo
Wellington Pires é advogado, especialista em direito público, analista em gestão pública e consultor em educação financeira e investimentos.
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