Parlamentar nega acusações; Polícia Civil vai ouvir testemunhas dos dois lados e segue apurando o caso
Barra do Piraí
Agentes da 88ª DP de Barra do Piraí começaram as investigações para apurar a denúncia de um ex-assessor de um vereador da cidade, que alega ter sido vítima de assédio. A acusação foi feita nesta quarta-feira (23) ao plantão da delegacia e detalha o suposto crime. Paulo Acyr Silva de Oliveira, de 31 anos, afirmou em depoimento que o vereador Pedro Fernando de Souza Alves, o Pedrinho ADL, teria o feito passar diversos constrangimentos, inclusive dentro de seu gabinete na Câmara de Barra do Piraí. O vereador nega as acusações.
A queixa aponta para um suposto assédio moral e até sexual, segundo disse o autor em depoimento. Acyr afirmou que foi admitido em julho de 2023 como assessor de Paulinho ADL e que teria sido vítima de inúmeros constrangimentos.
Segundo ele, sua demissão, em dezembro de 2023, teria ocorrido depois de ele se recusar a comparecer a uma festa.
O delegado responsável pela 88ª DP, Antonio Furtado, que apura o caso, confirmou que o registro foi feito. Furtado disse que a Polícia Civil segue apurando o caso e que vai ouvir testemunhas do acusador e do acusado.
Vereador nega acusações
Em nota enviada ao Folha do Interior, o vereador Pedrinho ADL negou integralmente o teor das acusações que vem sofrendo. Leia a nota na íntegra: “O assessor em questão foi desligado em dezembro de 2023 porque demonstrava pouco interesse pelo trabalho e por não atender ao padrão de qualidade esperado da equipe de assessoria do parlamentar. A falsidade da acusação de assédio sexual é evidenciada, dentre outras provas que serão apresentadas à polícia civil, porque dias antes da demissão, o denunciante disse em conversa pelo whatsapp que estava satisfeito com o trabalho no gabinete e queria permanecer na equipe. Uma vez exonerado, dirigiu-se ao vereador dizendo que este havia “perdido um amigo”. Essa acusação, assim como as outras que o vereador Pedrinho ADL vem sofrendo – tais como a tentativa de cassação de seu mandato no início do ano passado – são parte de uma intensa perseguição política que assume os contornos de “lawfare” – ou seja, o uso de ferramentas jurídicas como arma para alcançar um fim político, um tipo de manipulação da lei que tem como objetivo calar o adversário e minar a sua credibilidade perante à sociedade. Esta e outras denúncias caluniosas merecem uma dura resposta da Justiça, que no tempo certo alcançará todos os responsáveis”. A nota é assinada pelo advogado Marcello Martins dos Santos.