De acordo com as investigações da Operação Tamoios, grupo criminoso utilizava sofisticados meios para ocultar e dissimular a origem de bens adquiridos
Na manhã desta quinta-feira, dia 16, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 2ª fase da Operação Tamoios, visando desarticular esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas. Entre os bens sequestrados está uma casa em Angra dos Reis.
A ação é um desdobramento da “Operação Tamoios”, deflagrada em agosto de 2021, que investigou traficantes internacionais que transportavam cocaína, por rodovia, do Rio de Janeiro até Vitória (ES). Do estado capixaba, as drogas eram acopladas – através de pequenas embarcações pesqueiras e com apoio de mergulhadores profissionais – em cascos de navios com destino à Europa.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava sofisticados meios para ocultar e dissimular a origem de bens adquiridos mediante recursos advindos de suas atividades criminosas, em especial o tráfico transnacional.
Na ação de hoje, cerca de 50 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão e sete mandados com medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em endereços localizados na capital do estado e Nilópolis (RJ).

A PF representou por medidas cautelares, principalmente, pelas quebras de sigilos bancários e fiscais, os quais confirmaram a aquisição de diversos bens em nome de terceiros, com o fim de perpetuar a existência da organização criminosa por intermédio da ocultação e/ou dissimulação dos bens, já que os investigados não tinham capacidade financeira e documentação fiscal que esclareçam a origem dos valores empregados na compra dos bens.
Dessa forma, além dos mandados de busca e apreensão, a justiça federal determinou o bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens móveis e imóveis no valor de até R$ 126 milhões.
Além da casa em Angra, foram sequestrados dois apartamentos de luxo localizados em frente à praia da Barra da Tijuca, na capital carioca, automóveis de luxo e motos aquáticas adquiridos pelos investigados.
Os bens apreendidos e demais documentos de interesse da investigação serão encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro para formalidades e procedimentos de praxe.