Ele estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio Libanês, sem São Paulo
Morreu na madrugada desta sexta-feira, dia 5, aos 84 anos, o humorista Jô Soares. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no Hospital Sírio Libanês, na cidade de São Paulo, onde deu entrada para tratar de uma pneumonia. Ainda não foi divulgada a causa da morte.
O velório será reservado somente aos familiares e amigos, em data e local ainda não informados.
O anúncio da morte foi feito por sua ex-esposa, Flávia Pedras, em uma rede social e confirmada em nota pelo hospital. Em sua despedida, Flávia fala que Jô “Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”.
Ela também pede aos fãs que “Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida.A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor”.
Flávia encerra sua postagem relembrando os bons momentos que viveu ao lado de Jô. “Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores. Amor eterno”.
Jô Soares era dono de muitos talentos. Ele foi entrevistador, ator, escritor, dramaturgo, diretor, roteirista e pintor. Entre seus sucessos estão os icônicos talk-shows “Jô Onze e Meia” e “Programa do Jô”, os programas humorísticos “Viva o Gordo”, “A Família Trapo”, “Faça humor, não faça a guerra” “Satiricom” e trabalhou em produções como “Grande Teatro Tupi”, “Noite de gala”, “TV Mistério”, Noites cariocas” La reuve chic”, “Jô show”, “Praça da alegria”, “Quadra de azes, “Show do dia 7”, “Você é o detetive” e “O planeta dos homens”. eu primeiro papel foi em “O Homem do Sputnik”, filme de Carlos manga de 1958.
Com bom humor e muita inteligência, ele abordava assuntos importantes ao país através do teatro e da TV. Entre os seus personagens mais marcantes estão Reizinho, Capitão Gay e o Zé da Galera. Ele também escreveu monólogos e atuou no teatro.
Jô escreveu o best-seller “O Xangô de Baker Street”. Ele é também é autor de “O homem que matou Getúlio Vargas”, “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, “As esganadas” e “O astronauta sem regime”.