A denúncia descreve situações em que o professor colocou a mão de duas alunas em seu órgão genital, apertou nádegas de outras duas e também tentava beijar mulheres que participavam das aulas
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, denunciou um preparador de atores e atrizes pela prática de atos libidinosos contra quatro alunas que participaram de cursos por ele ministrados. Os crimes foram praticados em espaços na Barra da Tijuca e em Copacabana, entre os anos de 2016 e 2019.
De acordo com investigações da 13ª DP (Ipanema), ele teria abusado de pelo menos 30 atrizes.
De acordo com a denúncia, ele aproveitava a sua notoriedade e prestígio, bem como da necessidade de contatos corporais próprios da atividade artística desenvolvida, para abusar do toque nas mulheres que participavam dos cursos. Além disso, as investidas contra elas prosseguiam nas confraternizações pós-atividade. O MPRJ descreve situações em que o denunciado colocou a mão de duas alunas em seu órgão genital, apertou nádegas de outras duas e também tentava beijar mulheres que participavam das aulas.
Segundo a denúncia, o acusado se valia da confiança obtida, de sua influência no meio artístico e da confusão mental criada com isso, pois “as mulheres ficavam na dúvida se aquela forma excessiva era o jeito de ser dele e, portanto, não havia maldade na atitude, ou se era uma forma de abuso sexual. Assim, em diversas ocasiões, os atos libidinosos eram tidos como ações praticadas ‘sem querer’ ou sem cunho sexual, conseguindo o indivíduo satisfazer sua própria lascívia através do meio fraudulento empregado”.
Diante do fato, ele foi denunciado por quatro vezes pelo crime de violação sexual mediante fraude (artigo 215 do Código de Processo Penal).