O estoicismo foi uma escola filosófica que surgiu na Grécia na primeira metade do século IV a.C, criada pelo grego Zenão de Citio. A palavra estoicismo significa “stoá” em grego, e significa pórtico ou porta de entrada da cidade. Como não tinha cidadania ateniense, Zenão utilizava o espaço de entrada da cidade para reunir discípulos. Ele dividiu sua doutrina em três partes: física, ética e lógica. Para os estoicos, a capacidade de representar bem os pensamentos está presente na habilidade que uma pessoa tem de construir raciocínios de maneira mais adequada, por isso, pode expressar melhor seu conteúdo mental. Para os estóicos existe uma razão no universo (logos) uma inteligência suprema que criou todas as coisas existentes (physis). O termo sábio na ética estoica refere-se ao mestre reconhecido por sua inteligência teórica quanto pelo seu caráter. Para os estoicos certos eventos não dependem da maneira como agimos, mas há outras situações com relação direta com nossas ações. O sábio deve saber qual ação depende de nós e qual não depende. É preciso buscar ser bondoso, justo e corajoso e evitar as paixões. O virtuoso é aquele que não se deixa levar pelas paixões que são motivo de infelicidade. Não pode cultivar a raiva, ser imprudente ou covarde. Para os estoicos a apatia – eliminação das paixões – é o que se deve buscar cada vez mais para alcançar a paz interior – a ataraxia. Mas tudo isso se realiza com o exercício do amor fati, expressão latina que significa “amor ao destino” e pode ser entendida como o amor à vida, o amor ao necessário. Sêneca, Marco Aurélio e Epiteto são os estoicos de origem romana mais conhecidos.
Luciano Ribeiro é formado em filosofia.