Cirurgião plástico fala sobre o procedimento em mulheres durante o tratamento
Uma das situações mais desafiadoras que uma mulher pode enfrentar é o diagnóstico de câncer de mama. É uma batalha que exige, sobretudo, coragem e resiliência.
O Ministério da Saúde estima que cerca de 66 mil brasileiras foram diagnosticadas com a doença no ano passado.
Em muitos casos, a mastectomia – a remoção total ou parcial de uma ou ambas as mamas, é a opção necessária para controlar ou erradicar o câncer.
Após um tratamento bem sucedido, a reconstrução mamária desempenha um papel fundamental na jornada de recuperação da autoestima das mulheres. O procedimento ajuda a aumentar a confiança e melhorar a qualidade de vida.
Para algumas pacientes, essa cirurgia representa uma oportunidade de recomeçar e voltar a se sentir bem com o próprio corpo.
Atualmente existem diversas técnicas de reconstrução disponíveis, incluindo a reconstrução imediata (realizada no mesmo procedimento da mastectomia) e a reconstrução tardia (realizada meses ou anos após a mastectomia).
Cada paciente é única, e as opções são adaptadas para atender às suas necessidades e preferências individuais
O cirurgião plástico Dr. Thiago Hayashi, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), é especialista no procedimento e destaca que as pacientes que passam pela mastectomia são candidatas à reconstrução mamária. Ele complementa a técnica com enxerto de gordura, para dar um resultado mais harmônico e natural aos novos seios.
“ É coletada a gordura de alguma região do corpo e, então, é feito o detalhamento, o ‘refino’ da nova mama. É uma forma muito interessante. Claro que, só com o enxerto de gordura a gente não consegue chegar ao resultado total. Ele sempre vai entrar – seja na primeira cirurgia ou nas posteriores – como um retoque final que ajuda muito a paciente”.
Reconstrução pelo SUS e Convênios Médicos
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o direito à reconstrução mamária imediata, desde que a paciente tenha condições de saúde. Além disso, os convênios médicos também são obrigados por lei a cobrir cirurgias reparadoras, incluindo a reconstrução mamária.
A escolha do implante após a mastectomia
A escolha da prótese é uma parte crucial do processo de reconstrução. O cirurgião plástico orienta as pacientes na seleção da prótese que melhor atende às necessidades e aos desejos individuais.
O profissional trabalha em estreita colaboração com as pacientes, discutindo opções, expectativas e planos de tratamento. A arte da reconstrução mamária é equilibrar a estética com a funcionalidade, proporcionando resultados que não são apenas belos, mas também duradouros.
” É um momento muito delicado. É muito mais uma questão de suporte para a paciente não desistir e seguir todas as orientações médicas. A paciente vai passar por etapas. O apoio psicológico também é muito importante. É um caminho que a paciente nunca trilhou. Sempre que a gente vai em um caminho novo dá medo. Eu acompanho pacientes há muito tempo e é muito gratificante ver o encerramento do tratamento. Existe luz no fim do túnel”, finalizou Dr. Thiago Hayashi.
Dr. Thiago Hayashi é cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
@drthiagohayashi