Assista as imagens chocantes; mãe do menino agredido diz que não via a filha mais nova há dois meses
O homem que foi filmado esmurrando e sufocando o enteado de 4 anos se entregou à polícia na noite desta sexta-feira, dia 16. Victor Arthur Possobom compareceu com um coronel da Polícia Militar (PM) e um advogado à 77ª DP (Icaraí) e, depois, foi encaminhado para a 76ª DP, no Centro de Niterói.
A polícia tem pelo menos seis inquéritos contra o empresário, incluindo o de agressão contra o enteado. Além deste caso, Possobom também foi denunciado por agredir a própria mãe e namoradas.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) e decretou a prisão preventiva de Victor pelos crimes de agressão e tortura contra o menino de 4 anos.
A Justiça do Rio de Janeiro havia decretado nesta sexta-feira, dia 16, a prisão preventiva de Victor Arthur Pinho Possobom, 32, acusado de torturar o enteado de 4 anos. As agressões foram flagradas por câmeras de segurança de um condomínio em Niterói, na Região Metropolitana do estado. Dois vídeos mostram o padrasto agredindo o menino. O primeiro registro foi feito na recepção do condomínio, onde Victor dá dois socos e sufoca a criança, e o segundo no elevador, onde novamente o agressor prende a respiração do enteado. As imagens são de fevereiro deste ano, podem só foram divulgadas ontem.
Segundo a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 1ª Vara Criminal de Niterói, “há indícios suficientes de autoria e materialidade para a deflagração da ação penal e que se trata de delito grave. As imagens contidas na mídia acautelada em cartório não deixam dúvidas”. A magistrada destacou ainda a impossibilidade de defesa da criança. “Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de indefesso da mesma”.
Mãe comemora prisão
Jéssica Jordão, mãe do menino e que também sofreu agressões de Victor, comemora a decisão. “O avô dele é juiz aposentado e continua advogando aqui em Niterói e tem bastante influência. Ele dizia que por ele ter dinheiro nada aconteceria, que ele sairia ileso e que por eu ser pobre e sem ter a ajuda de ninguém, ele sairia impune. Mas a justiça começou a ser feita”. A jovem conta ainda que ficava apreensiva toda vez que precisava ir para a rua, com medo de encontrar o ex-namorado. “Eu ando e fico olhando para os lados com medo dele aparecer do nada e fazer algo comigo. Com esse mandado eu começo a me sentir mais segura. Ele precisa ser preso, o que ele
Novo pedido de prisão
Além do pedido de prisão apresentado MPRJ, a Polícia Civil já havia feito um outro pedido de prisão preventiva contra Victor Arthur Possobom, que aparece em imagens de câmeras de segurança esmurrando e sufocando o enteado.
O pedido de prisão, feito pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, é por violência psicológica contra a ex-companheira, a chefe de cozinha Jéssica Jordão. Ela é a mãe da criança e contou que também era agredida por ele.
Victor já tinha um outro pedido de prisão apresentado pela Polícia Civil e encaminhado à Justiça, por causa das agressões contra o menino. O episódio foi em fevereiro, mas as imagens só vieram a público esta semana.
Câmeras de segurança do condomínio flagraram as agressões na recepção e no elevador (veja acima). Em um sofá no lobby, Victor olha ao redor procurando testemunhas e sufoca a criança. Ao subir para o andar, o homem coloca a mão na boca e no nariz do menino. A criança fica imóvel.
Jéssica Jordão, mãe da criança, afirma que também era vítima de violência doméstica. Ela conta que Victor a mantinha em cárcere privado e batia nela com luvas de boxe para não deixar marcas.
Victor e Jéssica ficaram juntos durante dois anos e têm uma filha de menos de 1 ano. A chefe de cozinha diz que foi proibida de ter contato com a menina desde que fugiu de casa, em julho deste ano. Segundo Jéssica, Victor e a mãe alegavam que ela tinha insanidade mental e não poderia sair do apartamento com a filha.
Após um dos abusos sexuais que Jéssica sofreu, ela engravidou, mas perdeu o bebê devido às agressões constantes.
Possobom tem um histórico violento. Em 2013, ele foi acusado de bater na própria mãe e na ex-namorada. Na época, as duas haviam brigado, e ele escorou a mãe na parede e a segurou pela gola. Depois, fez o mesmo com a namorada e a levou para o quarto.
Ele tem diversas acusações de violência em delegacias distritais e delegacias de atendimento à mulher de Niterói por:
- Lesão corporal;
- Lesão corporal culposa;
- Injúria;
- Ameaça.
Fonte: Uol e G1