#Edição22 – Por Wellington Pires
AVISO LEGAL: O ARTIGO É DE CONTEÚDO INFORMATIVO E NÃO VISA NENHUMA RECOMENDAÇÃO DE INVESTIMENTO.
Caro investidor da jornada da educação financeira, neste artigo seguiremos com o tema das ações. Na Parte I, falamos do conceito de ações, os tipos e muito suscintamente sobre um dos fundamentos de investir.
No artigo de hoje vamos diferenciar os tipos de análise para os seus investimentos.
O primeiro é a Análise Técnica. Aqui o investidor foca nos gráficos com o preço das ações e suas oscilações em certo período de tempo. O objetivo é identificar padrões nas alterações dos preços para saber qual o melhor momento para comprar ou vendê-las.
Os investidores analistas técnicos utilizam como ferramenta gráficos com as oscilações dos preços, a fim de realizar suas análises.
Devido a essa técnica, na minha opinião, as pessoas que utilizam dela não são investidores, mas especuladores – pois aplicam no curto prazo. Logo o dinheiro não trabalha para elas, mas ao contrário, uma vez que precisam estar constantemente ligadas nos movimentos dos mercados. E se não tiver tempo suficiente para isso, pode amargar perdas.
Na análise técnica, o especulador não se atém ao valor (não monetário, mas à qualidade) da empresa, o valor intrínseco. Ele se debruça sobre o comportamento do preço das ações no período que está analisando, ou seja, ao sobe e desce dos preços diários.
Vou usar uma metáfora para exemplificar: imagine um mascate, aquele que vende de porta em porta. Ele adquire seus produtos por um bom preço, de modo que possa vender depois com a margem de lucro satisfatória.
Ao contrário do especulador, o investidor do outro tipo, a Análise Fundamentalista, vai estudar a empresa para saber qual é o seu negócio, o que vende, que serviço presta, como é a gestão da empresa. Ou seja, vai analisar o histórico de lucros e distribuição de dividendos.
Os investidores analistas fundamentalistas, também querem saber se o setor de atuação da empresa vai bem ou não, como são e quem são os concorrentes.
Por fim, o investidor também foca sua atenção à saúde financeira da empresa e o risco envolvido na possível compra daquela ação. A cotação do dia, as oscilações de preço das ações, não são o fator mais importante.
Portanto, o analista fundamentalista é um investidor de fato. Ele investe no longo prazo e com o objetivo de realmente se tornar sócio de um grande negócio, não apenas esperar o melhor momento para vender. E investindo em uma empresa com bons fundamentos, o investidor tem a chamada renda passiva, ou seja, o dinheiro que aplica trabalha por ele, que o recebe na forma de dividendos, sem ter de se preocupar com a melhor hora de vender para ter lucro.
Exemplifico com o dono de um imóvel. Suponha que você tenha uma casa de aluguel e decide deixar na mão de uma imobiliária. O corretor vai avaliar, estabelecer o melhor valor, buscar o cliente, fazer a cobrança e administrar qualquer intercorrência durante o período da locação. Enquanto isso, você segue sua vida e recebe seu aluguel tranquilamente, desde que tenha deixado o imóvel com uma imobiliária séria.
Enfim, essas são as duas técnicas utilizadas para se investir em ações. Se tiver alguma dúvida, pode me procurar nas redes socias.
Um forte abraço!
#vemcomigo
Wellington Pires é advogado, especialista em direito público, analista em gestão pública e consultor em educação financeira e investimentos.
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