Por Wellington Pires #Edição12.
Quando assunto é a vida financeira, várias pessoas se deparam em situações de “sabotagem”, que pode ser um golpe dos acontecimentos da vida, como o desemprego, por exemplo ou até mesmo decisões equivocadas que a pessoa toma e que, sem saber, geram uma situação de autossabotagem.
Neste artigo vamos falar de algumas situações em que você mesmo se sabota.
O primeiro sintoma (vamos chamar assim) da autossabotagem é não criar o seu orçamento individual ou familiar.
Aquela listinha, da qual já tratamos, contendo receita, investimentos e despesas – esta, com sua classificação em necessárias, importantes e supérfluas. E abro um parêntese para dizer que as despesas supérfluas, podem ser um “ralo” de desperdício do seu suado dinheiro se você não relacionar e controlar este custo.
O segundo sintoma é a falta de planejamento financeiro. Não ter controle da sua vida financeira; não se preparar antes de realizar uma despesa, refletindo se realmente precisa fazer tal gasto; assumir prestações a perder de vista sem qualquer controle disso e, sobretudo, não pensar no seu futuro financeiro; em como pretende viver depois que não puder mais trabalhar, seja pela idade, seja por um outro acontecimento, como uma doença. Tudo isso gera uma grande autossabotagem, com a qual, sem notar, você pode se afundar em dívidas ou viver com muitas limitações, ainda mais quando a idade “bater à porta”.
E o terceiro sintoma é não ter a reserva de emergência. Essa ferramenta é a “boia dos afogados”. A reserva de emergência vai te socorrer nos momentos em que o inesperado surgir na sua vida.
Se de repente você ficar desempregado, como vai se manter, por exemplo, se o próximo emprego só chegar depois que o seguro-desemprego tiver acabado? Se inesperadamente você ou alguém da sua família ficar doente e necessitar de gastos com medicação? Se o carro que você usa para levar as crianças na escola, ir trabalhar, de repente precisa de manutenção?
A reserva de emergência é o dinheiro que você vai usar quando aparecer alguma urgência financeira com a qual você não conseguirá suprir somente com seus ganhos atuais ou mesmo quando não mais tiver esse ganho.
O sintoma bônus da autossabotagem financeira é você achar que não consegue utilizar nenhuma das ferramentas descritas. É pensar que ganha pouco e não tem condições de assumir uma postura de controle e planejamento financeiros e que investimento é pra qualquer um, menos pra você.
No próximo tema abordaremos alguns meios simples para se livrar disso.
Um forte abraço!
#vemcomigo
Wellington Pires é advogado, especialista em direito público, analista em gestão pública e consultor em educação financeira e investimentos.
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