Por Luciano Ribeiro
A ideia da existência de elementos básicos de tudo que existe, de partículas invisíveis, indivisíveis e indestrutíveis que se movem, não é uma ideia nova. Os eleatas (habitantes de Eleia, na Grécia), teorizavam sobre algo que seria descoberto muitos séculos depois. Os atomistas defendiam a impossibilidade da existência do “não ser”, alegando que o nascimento das coisas é apenas uma agregação de elementos que já existem, e o morrer, uma desagregação desses elementos. Para eles, as coisas não nascem do nada, mas de algo que já existe, ou seja, nascem do “ser”. Esse elemento idealizado pelos atomistas chama-se: átomo. Os filósofos pré-socráticos Demócrito e Leucipo são os idealizadores da escola atomista. Demócrito nasceu em Abdera, na Grécia, por volta de 460 a.C. e foi discípulo de Leucipo e o principal responsável pela aplicação da teoria do atomismo. Seu argumento foi que a realidade é composta de átomos e de vazios. O “não ser” (vazio) permite o movimento do “ser” (átomo), pois sem esse espaço vazio o “ser” não poderia se mover de forma alguma. A etimologia do termo átomo significa, na língua grega, o “não divisível”. Apesar de relacionarmos a ideia do átomo dos físicos modernos, o conceito foi desenvolvido pelos gregos.
Luciano Ribeiro é formado em filosofia
Muito bom!
Belo texto, eu sempre acho curioso em como os povos da antiguidade desenvolviam teorias que se provam centenas de anos depois, teria um pontapé inicial? Uma ideia plantada? Ou apenas a pura observação da vida cotidiana desencadearia pensamentos tão complexos?