Prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que hospitais correm o risco de ficarem rapidamente saturados
“A situação atual em Londres é crítica, com uma propagação do vírus fora de controle”, disse o prefeito em um comunicado. “Faltarão leitos nas próximas duas semanas se a propagação do vírus não diminuir drasticamente”, disse, pedindo apoio ao governo britânico. “Se não agirmos imediatamente, nosso serviço nacional de saúde ficará sobrecarregado e teremos mais mortes”, acrescentou.
De acordo com o ele, o número de contaminações ultrapassa as mil pessoas por 100.000 habitantes na cidade, onde 7.034 estão atualmente hospitalizadas com a Covid-19 – 35% a mais do que o pico da primeira onda, em abril. Além disso, 908 pacientes foram intubados, o equivalente a um aumento de 42% entre 30 de dezembro e 6 de janeiro. Nos últimos três dias, 477 pessoas testadas positivas morreram nos hospitais de Londres.
Devem faltar 2.000 leitos até 19 de janeiro
Há, atualmente, 830 admissões diárias nos hospitais londrinos, contra cerca de 500 antes do Natal. Esse número pode continuar a subir nas próximas duas semanas, segundo fontes ligadas ao serviço nacional de Saúde.
Segundo a revista científica Health Service Journal, mesmo se o número de pacientes aumentasse seguindo as simulações mais otimistas, até o dia 19 de janeiro faltarão leitos cerca de 2.000 leitos nos hospitais, incluindo UTIs (unidades de terapia intensiva) e outros setores.
Na semana passada, a estimativa é que mais 1,12 milhão de pessoas estivessem infectadas pelo Sars-CoV-2 na Inglaterra, o que corresponde um a cada 50 habitantes do país, que é o mais atingido da Europa, com mais de 78.000 mortos. Um novo lockdown foi decretado na quarta-feira (6) e uma campanha de vacinação massiva foi iniciada em dezembro.