Polícia Federal realizou nesta quarta-feira a Operação Sequaz; promotor do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gaykia, também era alvo do grupo
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, dia 22, a Operação Sequaz, com o objetivo de “desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades”.
Entre os alvos do grupo estavam o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), sua esposa Rosangela e os filhos do casal, além do promotor do Ministério Público de São Paulo em Presidente Prudente, Lincoln Gaykia, principal investigador da facção criminosa no país. O grupo do PCC responsável pela operação era a Sintonia Restrita, uma espécie de “setor de inteligência” que funciona como uma ampla rede de criminosos.
A ação da quadrilha foi descoberta e vinha sendo investigada pelo Ministério Público (MP) de São Paulo desde o fim de janeiro deste ano, sendo compartilhada posteriormente com a Polícia Federal. Segundo apontam as investigações, as ações contra Moro e outras autoridades seriam feitas para conseguir dinheiro e resgatar Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.
Em 2018, Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola para um presídio federal. O chefe do PCC foi levado para a Penitenciária Federal de Brasília no início de 2019. Já Moro, durante sua gestão à frente do Ministério da Justiça, propôs um pacote anticrime que definia a proibição da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com os seus advogados, em presídios federais. Isso teria irritado profundamente o PCC e outras facções criminosas.
A ação contou com a participação de 120 policiais federais para o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e no Paraná. Nesta manhã, nove prisões já foram cumpridas, segundo informações da PF.
A Operação Sequaz foi elogiada por Moro no Twitter:
O nome da operação – Sequaz – refere-se ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas.