Uma família inteira morreu durante a madrugada deste sábado, dia 2, depois que um desmoronamento de terra atingiu sete casas de uma comunidade caiçara na Praia da Ponta Negra, em Paraty, na Costa Verde do Estado do Rio. A região só pode ser acessada por barco. A Defesa Civil e a Secretaria de Obras estão atendendo no momento a ocorrência do deslizamento. A Ponta Negra fica localizada depois da Praia do Sono.
O prefeito Luciano Vidal informa que, infelizmente, sete pessoas perderam a vida em razão de um deslizamento de terras no bairro da Ponta Negra. A mãe Lucimar e seis de seus filhos morreram: João, 2 anos, Estevão, 5 anos, Yasmim, 8 anos, Jasmin, 10 anos, Luciano, 15 anos, e a mãe deles Lucimar. Um sétimo filho foi resgatado com vida e, depois de receber atendimento no Hospital Municipal, foi encaminhado para o hospital de Praia Brava. No total, sete casas foram atingidas por deslizamentos e há mais quatro pessoas feridas. Equipes dos Bombeiros e da Defesa Civil estão no local apoiando as ações de resgate. No total, 22 bairros foram atingidos por alagamentos e outras ocorrências ligadas às chuvas. São 71 famílias desalojadas até o momento.
Uma base de resgate foi montada dentro do Condomínio Laranjeiras para socorrer as vítimas com lanchas de resgate já que o acesso à Ponta Negra só pode ser feito por barco. Até o momento, já choveu no município, desde quinta-feira, mais de 300 mm.
Paraty tem 71 desalojados
A Prefeitura de Paraty, através do gabinete de emergência, Defesa Civil e secretarias envolvidas nas ações de prevenção às chuvas, segue monitorando as chuvas na cidade e prestando a assistência às famílias afetadas nos bairros mais afetados. Até o momento, cerca de 71 pessoas foram desalojadas pelas chuvas, já que suas casas foram alagadas nos bairros Condado, Patrimônio e Ilha das Cobras. Estas pessoas foram acolhidas na escola municipal Pequenina Calixto, no centro da cidade, na sede do Detran, no Condado, e na Associação Cairuçu, no Patrimônio.
No total, 22 bairros foram afetados por alagamentos ou por algum dano provocado pelas chuvas. Em relação às estradas, todas as barreiras na Rio-Santos foram removidas ou parcialmente removidas, com exceção do km 592, onde o tráfego flui por desvio por via municipal. Na estrada Paraty-Cunha, o fluxo segue normal, mas há risco de queda de galhos e árvores.