Por Wesley Abel, Saúde & Bem Estar
Você acredita que nossas emoções podem provocar dor física? Baseado em estudos de vários especialistas da área da neurologia, neurociências, psiquiatria, medicina da dor, cardiologia, psicologia, fisioterapia, dentre outras, podemos afirmar que sim.
Estudos bem antigos já faziam correlação entre a dor e nossas emoções. O livro bíblico de Provérbios 17:22, por exemplo, apesar de antigo, é um conteúdo bem atual. E diz assim: “O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido seca os ossos.” Trazendo uma reflexão, de que, quando a mente está interiormente satisfeita e cheia de alegrias, ela também faz bem para o corpo, como se fosse um remédio.
Atualmente já foi evidenciado pela ciência, que a alegria e a felicidade, como as que experimentamos quando recebemos um abraço caloroso, durante a prática de atividades físicas, na relação de afeto com os animais, quando estamos cercados de pessoas que nos fazem bem, apaixonados ou durante a relação sexual, nos faz liberar pelo menos 4 substâncias que servem como “remédio” para o nosso corpo. São elas: endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina.
O contrário disso: “A tristeza da alma, abate até os ossos”. De fato, há evidências que angústias, tristezas, transtornos de ansiedade e depressão podem desencadear reações químicas que causam inflamações e até mesmo enfraquecimento do nosso sistema imunológico, nos deixando mais susceptíveis às doenças.
Mas existem padrões de dores que evidenciam que estamos passando por algum tipo de sofrimento? A resposta também é sim.
De forma bem simples, sabemos que a dor é um sinal de alerta, podendo diferenciar-se em: dor aguda ou dor crônica.
No padrão agudo, por exemplo, como os que acontecem quando presenciamos uma situação indesejada, uma ameaça ou recebemos uma notícia ruim, podemos experimentar a sensação de “aperto no peito”, “estômago embrulhado”, dor na “fronte”, dentre outras sensações, que podem durar horas, dias ou semanas.
Já o padrão crônico da dor é mais duradouro. Ele pode ser contínuo, ter períodos regulares ou crises intermitentes, com duração superior a três meses, como os que estão relacionados aos transtornos da ansiedade ou depressão e podem provocar dores nas costas, no peito, nos ombros, nos braços ou enxaqueca.
Outro estudo bem interessante revela que a dor emocional pode estar localizada no corpo onde uma expressão deveria acontecer, porém não se materializou. Como exemplo, em situações em que não verbalizamos nossa raiva ou desconforto – o famoso, “engolir sapos”, poderemos experimentar dor na garganta, no pescoço ou mandíbula. Até em situações em que a pessoa que “carrega o mundo nas costas”, pode ter o seu “eixo” abalado, neste caso, a coluna apresentará algum tipo de dor.
Por fim, como poderemos lidar com a dor física de origem emocional? Kriss Carr nos apresenta 3 etapas: 1) Não julgar as próprias emoções; 2) Aceitar que você sente as emoções, por ser quem você é como ser humano; 3) Procurar ajuda profissional, para alívio do sofrimento emocional e físico que possam estar desencadeando a dor.
Wesley Abel é fisioterapeuta e coordenador de Saúde Mental
Meu amigo, bela explanação e explicação sobre a dor emocionais, de alguma forma precisamos colocar para fora nossas angústias, tristezas e tudo aquilo que ocupam nossos pensamentos de forma corriqueiras, e quando não colocamos para fora, essa dor acaba explodindo diretamente no nosso corpo. É uma forma de mostrar para a gente que não estamos bem, e que, é hora de pedir ajuda e socorro antes que essa dor se agrave ao ponto de trazer consigo problemas maiores relacionado ao transtornos mentais e depressão.