Forças de segurança ampliam patrulhamento em rodovias e cidades da região; ação ocorre após confronto nos complexos da Penha e do Alemão
As forças de segurança do Sul do Estado intensificaram, desde a noite de terça-feira, dia 28, uma série de operações preventivas para impedir a fuga de criminosos da capital fluminense em direção ao interior, após a megaoperação que deixou até o momento 64 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.
O 5º Comando de Policiamento de Área (CPA), responsável pelo policiamento em todo o Sul Fluminense, confirmou o reforço das ações, que envolvem a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as secretarias municipais de Segurança e Ordem Pública.
Segundo o coronel Ronaldo Martins, comandante do 5º CPA, não há indícios de deslocamentos de criminosos até o momento, mas o monitoramento foi ampliado.
“Estamos acompanhando as informações de inteligência, e não há registro de movimentações em direção ao Sul Fluminense. Mesmo assim, decidimos intensificar o patrulhamento em todas as cidades. A partir das 14h, todo o efetivo estará nas ruas, reforçando o trabalho preventivo”, afirmou Martins.
Cerco na Costa Verde e nas principais rodovias
As primeiras ações ocorreram na Costa Verde, coordenadas pelo Gabinete de Gestão Integrada de Angra dos Reis, em conjunto com o 33º Batalhão da PM, Polícia Civil, PRF e a Secretaria Municipal de Segurança Pública.
O cerco foi montado em pontos estratégicos da Rodovia Rio-Santos (BR-101), na altura de Garatucaia, e na RJ-155 (Rodovia Saturnino Braga), que liga Barra Mansa a Angra dos Reis.
O secretário de Segurança de Angra dos Reis, Douglas Barbosa, afirmou que o objetivo é evitar que criminosos utilizem as rodovias como rota de fuga.
“Estamos trabalhando para garantir que marginais não cheguem a Angra. A população pode ficar tranquila. Nossas equipes estão em campo, dia e noite, para manter a cidade segura”, declarou o secretário.
Contexto na capital
Enquanto o Sul Fluminense reforça o policiamento, a capital vive o impacto da operação mais letal da história do Estado.
Na madrugada e manhã desta quarta-feira (29), mais de 50 corpos foram retirados de áreas de mata nos Complexos da Penha e do Alemão e enfileirados na Rua São Lucas, na Penha. Com isso, o número de mortos subiu para 114, segundo balanço extraoficial.
A megaoperação mobilizou cerca de 2.500 agentes, entre policiais civis, militares e federais, com apoio de blindados e helicópteros. Moradores relataram intensos confrontos que duraram mais de dez horas e transformaram a Zona Norte em um cenário de guerra.
Ações integradas e monitoramento contínuo
De acordo com o 5º CPA, o plano de segurança inclui monitoramento aéreo, patrulhas em áreas rurais e controle de acessos viários. A intenção é garantir que as rotas de fuga — especialmente pelas BR-393, BR-116 e RJ-155 — permaneçam sob vigilância constante.
“As forças de segurança do Sul Fluminense estão mobilizadas e integradas. O foco é impedir que a violência da capital ultrapasse as divisas da região”, reforçou o coronel Ronaldo Martins.



















