Lançamento da Bolsa de Ativos Ambientais foi discutida no Fórum Estratégico da Alerj
O Estado do Rio está em fase final de negociação para o lançamento da Bolsa de Ativos Ambientais, o que deve ocorrer em janeiro. O contrato com a americana Nasdaq para negociações de crédito de carbono e outros ativos foi discutido durante painel promovido pelo Fórum Estratégico de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com a participação do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Nelson Rocha.
“Estamos na fase final da assinatura do contrato com a Nasdaq, em que o estado se compromete a fomentar esse mercado que tem o potencial nacional de gerar, até 2030, R$ 100 bilhões em negociações de créditos de carbono. A Nasdaq já opera esse mercado nos países escandinavos como Suécia e Dinamarca, por exemplo. E já está expandindo para Singapura e Abu Dhabi. Esse mercado vai gerar derivativos e aí a Bolsa do Rio seria o centro de negociação de todo esse ecossistema que a Nasdaq está montando”, explicou o secretário.
Rocha destacou ainda o potencial do setor e o papel do Estado no Rio no desenvolvimento de uma economia sustentável.
“Para além da questão da sustentabilidade, temos que olhar a questão econômica que envolve esse setor que muitas vezes é deixado de lado. E o Brasil é o grande protagonista dessa nova economia. Com o lançamento da Bolsa de Ativos Ambientais, o Brasil volta a ter uma participação importante no cenário internacional com relação à questão ambiental. E o Rio de Janeiro volta a ter uma participação fundamental no mercado financeiro com foco em sustentabilidade e nós acreditamos que não existe possibilidade de desenvolvimento econômico e social sem isso”, defendeu.
A secretária-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha, destacou a importância de acompanhar o lançamento da Bolsa de Ativos Ambientais e seus possíveis impactos no Produto Interno Bruto do estado.
“Ficamos todos ansiosos com esse anúncio feito pelo secretário do lançamento da bolsa no início do próximo ano. Sabemos o quanto é importante para o Rio o aumento da arrecadação para possibilitar os investimentos necessários. Melhor ainda quando esse aumento de arrecadação está ligado a sustentabilidade”, celebrou.